Especialistas Focam na Importância dos Meios de Proteção para Protegrer o Brasil da Dengue em 2024

A projeção do Ministério da Saúde é clara e preocupante: o Brasil pode enfrentar até 5 milhões de casos de dengue em 2024. A secretária de Vigilância em Saúde, Ethel Maciel, destaca que a variação projetada é de 1,7 a 5 milhões, com uma média de 3 milhões. Essas estimativas, fruto da colaboração entre o Ministério da Saúde e o InfoDengue da Fiocruz, sinalizam um cenário desafiador para o país.

A ministra Trindade enfatiza a importância de receber agentes que combatem os criadouros do mosquito e adotar medidas preventivas, como cobrir reservatórios e locais propensos à água parada com telas protetoras, capas ou tampas. O uso de repelente, roupas compridas e a instalação de telas mosquiteiros em casa são medidas simples que desempenham um papel crucial na prevenção da dengue.

Diante desse cenário desafiador, a colaboração entre comunidades, autoridades de saúde e indivíduos é essencial para conter a propagação da dengue e garantir a segurança de todos.

Fatores Desencadeantes

O aumento projetado de casos é atribuído a uma combinação de fatores, incluindo condições climáticas adversas, como calor e chuvas intensas, e o ressurgimento dos sorotipos 3 e 4 do vírus no Brasil. A presença simultânea dos quatro sorotipos da doença (1, 2, 3 e 4) é considerada uma situação “incomum” pela secretária Maciel.

Cenários Regionais

O Ministério da Saúde alerta para um cenário epidêmico iminente no Centro-Oeste, enquanto o Sudeste, especialmente Minas Gerais e Espírito Santo, enfrenta riscos significativos. No Sul, o Paraná é identificado como o estado com maior vulnerabilidade, e, no Nordeste, embora haja um aumento nos casos, a expectativa é que o cenário não alcance níveis epidêmicos.

Recordes Anteriores e Alertas Recentes

O Brasil já enfrentou um recorde de mortes causadas pela dengue em 2023, com 1.079 óbitos confirmados. O país registrou 1.641.278 casos prováveis da infecção, representando um aumento de 17,8% em relação ao ano anterior. Apesar desses números alarmantes, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, destaca que as larvas do mosquito são encontradas em cerca de 74% das residências, exigindo ação imediata.